“I’m not afraid of death because I don’t believe in it.
It’s just getting out of one car, and into another.” – John Lennon
E ele realmente saiu de um carro – a limusine que o trouxe de volta do estúdio, onde ele dava os toques finais em Double Fantasy – e entrou em outro, o carro de polícia que o levou para o Roosevelt Hospital, naquela noite de 8 de dezembro de 1980.
O Livro dos Mortos do Rock foi um dos livros que li no mês de maio. Foi uma leitura rápida e sem compromisso, pois o livro não oferece grande densidade e é excessivamente informativo em alguns aspectos e totalmente apressado em outros. A leitura foi interessante para conhecer mais sobre a vida íntima de Elvis, Jimi Hendrix e Jerry Garcia, do Grateful Dead, de quem eu não sabia absolutamente nada.
Quando eu era criança, vi um filme sobre a vida de Priscilla e Elvis e fiquei um pouco obcecada pelo assunto, mas nunca tinha me ocorrido o quanto ela é parecida com a própria mãe de Elvis, Gladys, que era tão superprotetora em relação ao filho, que acabou morrendo quando ele foi convocado para o exército e ela não pôde tê-lo mais sob sua asa. O livro trata bastante da relação dos astros mortos com suas mães e como o relacionamento ou, para a maioria deles, a falta de um, acabou tendo impactos significativos em suas vidas pessoais e, consequentemente, em suas carreiras.
Embora as análises do autor sejam rasas, o tópico é interessante e merecia ser melhor detalhado. Embora tenha 408 páginas, o livro se apressa em muitas passagens, ficando demasiadamente repetitivo em outras. Dando destaque para a consciência instintiva que cada um dos 7 astros tinham da própria morte e de que não viveriam muito (à exceção de Garcia, que chegou a completar 50 anos, mas por pura sorte). Quase pulei toda a parte sobre Jim Morrison por motivos de que acho The Doors um porre e o rei lagarto, um saco. De todos ali, foi o que teve a vida menos ferrada e o que sofria de maior megalomania (mais até do que Elvis, o Rei, de fato) e um coitadismo ímpar, mas aí sou eu analisando e partindo da minha má vontade para com ele.
O livro consegue ser triste e me fez repensar várias coisas e entender outras tantas. Fiquei bem triste nos capítulos sobre Janis e Cobain e perdi um pouco mais o apresso que tinha por Lennon e Yoko.
Quem se interessa pelo assunto, vale a leitura.
*** de 5.